1. Setor petroleiro cria frente no Congresso para pressionar pela exploração na Foz do Amazonas
Para representar o setor no Congresso Nacional, os parlamentares lançaram em outubro a Frente Parlamentar em Apoio ao Petróleo, Gás e Energia. Um dos objetivos é apoiar os planos da Petrobras de avançar na busca por petróleo nas águas ultraprofundas do Amapá, na Bacia do Rio Amazonas. “Durante uma entrevista à Reuters na quarta-feira (25), Eduardo Pazuello (PL-RJ), o general da reserva e ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, disse que temos que explorar petróleo offshore na linha do Pará e Amapá, como Guiana e Venezuela estão fazendo.”
Ao longo das importantes descobertas nos vizinhos Guiana e Suriname, a Petrobras planeja explorar ainda a conhecida Margem Equatorial. No entanto, maio deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou a licença a Petrobras, afirmando que não havia cumprido os requisitos necessários. A petroleira aprimorou seus planejamentos e recorreu à decisão, embora não haja um prazo para resposta. Saiba mais sobre o tema em nossa publicação especial sobre o caso.
A frente parlamentar composta por 217 membros, ou 42% da Câmara dos Deputados, trabalhará para o melhor interesse dos produtores e distribuidores de energia, bem como de centenas de fornecedores de equipamentos e serviços de petróleo e gás, incluindo empresas estrangeiras, buscará apoio político no Congresso para pressionar o governo a explorar a Amazônia e aprovar legislação para aumentar a infraestrutura energética do país. A bancada irá pressionar o governo para explorar ao longo da orla da Amazônia e aprovar legislação para aumentar a infraestrutura energética do país.
Fonte: Infomoney
2. Semanas depois do conflito da barragem, os indígenas de José Boiteux continuam desabrigados e contam com médicos voluntários.
Um mês depois das cheias terem afetado todas as aldeias de José Boiteux e terem gerado questionamentos sobre a barragem da cidade, o grupo Laklãnõ Xokleng continua a lutar para salvar o seu local de captação de água, as famílias permanecem no acampamento, lutando para encontrar água potável. Embora apenas 36% da população seja afetada pelas cheias, a água continua submersa e coberta por lama. Portanto, as escolas não estão abertas e a saúde é gerenciada de forma precária.
A fim de ajudar a comunidade indígena e os habitantes de Taió afetados pelas cheias, é viável doar caixas de leite, alimentos não perecíveis, roupas, água mineral, cobertores e itens de higiene e limpeza. Confira os endereços para doação em Blumenau:
Furb — Campus 1 da universidade, nos blocos A e K
Sintraseb — Rua Amazonas, 720, bairro Garcia
Sintrafite — Rua Luiz de Freitas Melro, 365, Centro
Sindetranscol — Rua Dr. Luiz de Freitas Melro, 365
Seeb — Rua Cel. Vidal Ramos, 282
Doações por Pix também podem ser feitas para o CPF 04964724964, em nome de Micael Vaipon Weitscha, que faz parte do movimento Blumenau Pela Vida. O pagamento será repassado ao presidente dos caciques, Setembrino Camlem.
Fonte: O Município Blumenau
3. Relatório sobre lacunas na adaptação às mudanças climáticas de 2023 alerta para retrocesso
Em 2023, os recordes de temperatura foram quebrados em todas as partes do mundo, enquanto tempestades, inundações, secas e ondas de calor causaram devastação. O Relatório sobre a Lacuna de Adaptação 2023 alerta que o plano de adaptação, foi subfinanciado e mal preparado, devido ao Investimento e planejamento inadequados em adaptação climática, deixando o mundo exposto. Constata ainda o relatório que o progresso na adaptação climática está diminuindo quando deveria estar acelerando para acompanhar os crescentes impactos das mudanças climáticas.
Fonte: UNEP
4. Mapa dos agrotóxicos: veja as regiões mais ‘venenosas’ do Brasil, alguns municípios têm sua água contaminada.
Em 2022, testes de qualidade detectaram níveis de pesticidas em 28 cidades que ultrapassaram o que o Ministério da Saúde considera limites seguros. Os dados são provenientes do Sistema de Informações de Monitoramento da Qualidade da Água de Coleta Populacional (Sisagua) do Ministério da Saúde.
Os 210 municípios em que foi identificada a mistura de 27 tipos de agrotóxicos na água ficam em 13 estados. Entre eles estão, São Paulo, Fortaleza, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, dentre outros.
Uma combinação de 27 agrotóxicos foi encontrada em condomínios e empresas com sistemas de tratamento de água na cidade de São Paulo. O Ministério da Saúde admite que a análise de agrotóxicos na água por si só não é suficiente para comprovar riscos aos seres humanos. Porém, segundo o ministro, poucos estudos analisaram os efeitos da mistura e não se sabe o impacto do “coquetel” de agrotóxicos no corpo humano.
Link da informação: https://mst.org.br/2023/10/31/mapa-dos-agrotoxicos-veja-se-voce-mora-nas-regioes-mais-venenosas/
5. Tempestades sem precedentes e inundações na Toscana
Tempestades sem precedentes e inundações na Toscana devastam o centro da Itália, matando seis pessoas, carros são arrastados pelo rio Bisenzio e pessoas sobem nos telhados para escapar das inundações, hospitais nas estradas da Costa Baixa e da Costa Oeste foram inundados e pessoas ficaram presas nos carros devido às marés altas.
Condições graves diretamente relacionadas com a tempestade Charan, que matou mais de 13 pessoas na Europa Ocidental, ventos de 207 km/h (129 mph) foram registrados na costa oeste da França, enquanto a tempestade também afetou o sul da Inglaterra, Bélgica, Holanda e Alemanha, bem como as costas atlânticas de Espanha e Portugal. As linhas de energia caíram, causando sérios problemas de trânsito. Um menino de cinco anos é uma das duas pessoas mortas na queda de uma árvore na Bélgica. Os residentes nas Ilhas do Canal de Jersey foram evacuados.
O governador regional Eugenio Giani falou de “fortes chuvas que nunca aconteceram nos últimos 100 anos” e após a reunião de ministros a primeira-ministra Giorgia Meloni declarou as piores chuvas da Toscana. As áreas difíceis entram em estado de emergência.
Link da informação:https://www.bbc.com/news/world-europe-67306519
6. Alta concentração de resíduos: microplásticos se espalham pela costa brasileira.
A costa brasileira está acumulando microplásticos, partículas plásticas com diâmetro inferior a 5 milímetros (mm), e nanoplásticos, que medem menos de 0,001 mm, é o que alerta uma série de estudos feitos por diferentes grupos de pesquisa do país nos últimos anos. Uma investigação recente, realizada com apoio da FAPESP, estabeleceu que no litoral paulista é um dos locais do mundo mais contaminados por microplásticos, numa comparação de amostras colhidas em 40 países.
Visando verificar a ocorrência desse resíduo no ambiente, os pesquisadores analisaram ostras e mexilhões, animais que filtram a água para se alimentar. Artigo publicado em maio na revista científica Science of the Total Environment revelou que foram detectadas, em média, 12 a 16 partículas plásticas por grama (g) de tecido dos moluscos, uma quantidade grande, considerando que os animais pesam em média 5 g, são invisíveis a olho nu, no entanto, micro e nanoplásticos não contaminam apenas a costa brasileira, pois já foram detectados em rios, no solo onde são cultivados alimentos e no ar que respiramos (ver Pesquisa FAPESP nº 281).
Absorvidos involuntariamente por seres vivos, chegam ao sistema digestivo, aos pulmões, à corrente sanguínea e à placenta de mulheres grávidas. Cientistas do mundo todo estão dedicados à tarefa de identificar o quanto esses resíduos estão dispersos na natureza e os riscos ao ambiente e à saúde de humanos e animais provocados por sua presença.
Fonte: FAPESP
7. Poluição do ar: escolas fecham em Delhi à medida que a qualidade do ar se torna grave.
As autoridades da capital da Índia, Delhi, fecharam as escolas primárias durante dois dias devido ao mau tempo, a qualidade do ar da cidade caiu significativamente pela primeira vez este ano na quinta-feira, a situação deverá piorar nas próximas duas semanas, segundo os cientistas.
O ministro do Meio Ambiente de Delhi convocou uma reunião de emergência para analisar a situação. A capital é uma das cidades mais poluídas do mundo. A qualidade do ar no inverno de Delhi piora devido a vários motivos, incluindo a queima das colheitas restantes dos agricultores, ventos fortes e fogueiras durante os festivais.
Fonte: BBC
8. CNA debate sobre comércio de emissões e mercado de carbono.
O PL foi aprovado pelo Senado no início de outubro e analisado pela Câmara dos Deputados. O sector agrícola foi incluído nos planos para revisão parlamentar, no que diz respeito ao mercado de carbono. Na reunião realizada na Comissão Nacional de Silvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Para o Coordenador, Nelson Ananias, é importante desenvolver sistemas de pagamento e entregar pagamentos de carbono ao setor agrícola. Ele disse que a abordagem deve ser discutida depois que a lei for aprovada. “O esforço da CNA é para o reconhecimento de que o Brasil já realiza atividades que cabem a emissão de créditos de carbono. Já fazemos isso na agropecuária”, diz o coordenador permanente.
O encontro também discutiu a atuação da Two Sides, uma organização internacional sem fins lucrativos dedicada a uma melhor comunicação com o setor florestal e seus produtos e produtos, incluindo a luta contra o greenwashing (fornecimento de informações falsas sobre sustentabilidade) e campanhas educativas para eliminar e aumentar as cadeias produtivas. Fonte: CNA
O que você pensa sobre a inclusão/exclusão da agropecuária, setor responsável por grande parte das emissões de gases do efeito estufa no Brasil, no mercado de carbono aprovado pelo legislativo?
9. CRIME AMBIENTAL: PRF apreende 40 m³ de madeira ilegal, em Marabá/PA.
Nesta terça-feira (31) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 40 m³ de madeira sendo transportados ilegalmente, durante fiscalização no quilômetro 339 na BR-155, no município de Marabá (PA), por volta da 01h30, a equipe realizava fiscalização de veículos de carga quando abordou um caminhão que transportava madeira em toras, a fim de averiguar a legalidade da carga.
Durante os procedimentos de fiscalização, foi constatado que o condutor não possuía a Declaração de Corte e Colheita (DCC), documento obrigatório para o transporte de madeira, especialmente no caso de madeira do tipo exótica, como o Eucalipto. Diante dos fatos, o veículo e a carga foram encaminhados ao pátio da Secretaria Municipal de Agricultura (SEAGRI) para que fossem realizadas as medidas cabíveis, em tese, por crime ambiental.
Fonte: Gov
10. Carbonext (Shell) é acusada de violar direitos indígenas
Os membros da comunidade dizem que a Carbonext incentiva as pessoas a assinar documentos e páginas em branco. A empresa cancelou pagamentos e encerrou operações logo após relatos de violações de direitos e descumprimento de acordos internacionais relacionados aos países amazônicos. A Carbonext, tem como uma de seus proprietários a Shell Oil, é acusada de obrigar pessoas na Amazônia brasileira a assinar documentos, abrir páginas e pagar antecipadamente nas vendas de carvão para obter dinheiro. O equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente evitado na atmosfera, condições nas áreas florestais onde vivem as pessoas, de acordo com depoimentos de indígenas que se reuniram com a empresa e informações contidas em documentos públicos e casos estrangeiros. A empresa nega as acusações.
Entre 2021 e janeiro de 2023, a Carbonext anunciou contratos em seis terras indígenas, Territórios da União reconhecidos e delimitados pelo poder público federal para a manutenção do modo de vida e da cultura indígenas em todo o país, e reservas extrativistas. As reservas extrativistas são Unidades de Conservação de Uso Sustentável, que equilibram a preservação da natureza com a utilização sustentável de recursos naturais na região, e com isso pretendia mais do que dobrar a área que atualmente possui para compensar emissões de carbono no país. Por trás desses acordos, estaria o maior plano empresarial de descarbonização do planeta, da britânica Shell, que pretendia captar 120 milhões de créditos de carbono por ano até o final desta década — e compensar cerca de 10% de suas emissões de gases do efeito estufa.
Fonte: Info Amazonia
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