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Newsletter #15

Confira os destaques das Ășltimas semanas de nossa colaboradora JĂ©ssica Tavares Fraga Costa


1. Relator solicita pela retirada do Pacote do Veneno da pauta da CMA


Nas atividades da Comissão de Meio Ambiente, solicitou a retirada da pauta do PL 1 59/2022 (Pacote Veneno) para uma nova anålise de seu texto. Na semana passada foi lido o relatório que continha uma série de alteraçÔes no texto aprovado na Comissão de Agricultura do Senado (CRA).


Os parlamentares associados à Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) pediram conjuntamente mais tempo para analisar o assunto. A decisão de retirar o pacote da pauta mostra que os deputados não são unùnimes na aprovação desse projeto.


Ao mesmo tempo, centenas de organizaçÔes se opĂ”em ao pacote venenoso, alertando para os perigos que o PL representa para a saĂșde humana e a biodiversidade e criticando a falta de diĂĄlogo com a sociedade por parte da ComissĂŁo de Meio Ambiente do Senado. O pacote venenoso visa flexibilizar a regulamentação sobre registro, importação, fabricação, venda, exportação e uso de agrotĂłxicos e criar um novo marco regulatĂłrio para a indĂșstria.


2. MPT processa a UniĂŁo por uso indevido de agrotĂłxicos: ingrediente foi banido da UniĂŁo Europeia hĂĄ 20 anos, mas continua sendo comercializado no Brasil.


O MinistĂ©rio PĂșblico do trabalho (MPT) entrou na Justiça exigindo que a Anvisa cancele o registro da atrazina, princĂ­pio ativo de 5% dos agrotĂłxicos comercializados no paĂ­s.

A atrazina Ă© um dos herbicidas usados ​​na agricultura para matar plantas indesejadas, seu uso tambĂ©m Ă© permitido no controle quĂ­mico de estradas e linhas de energia, colocando em risco de contaminação trabalhadores, comunidades e o meio ambiente, inclusive fontes que levam ĂĄgua Ă  população.

Com a medida, a AgĂȘncia espera impedir a produção, exportação, importação, venda e utilização de agrotĂłxicos, cujos componentes sĂŁo reconhecidos mundialmente como nocivos aos trabalhadores, aos consumidores e ao meio ambiente. A atrazina foi proibida na UniĂŁo Europeia em 2003 porque as concentraçÔes na ĂĄgua nĂŁo eram consideradas seguras, mesmo em nĂ­veis muito inferiores aos permitidos no Brasil. Em 2012, a atrazina foi proibida na Suíça, sede da Syngenta, empresa que desenvolveu o herbicida, que continua fabricando e exportando o produto.

Numerosos estudos cientĂ­ficos mostram que, alĂ©m das suas propriedades cancerĂ­genas, a atrazina pode causar doenças graves e irreversĂ­veis, como alteraçÔes hormonais, problemas reprodutivos, distĂșrbios neurolĂłgicos, motores, cognitivos e comportamentais, enfraquecimento das funçÔes imunolĂłgicas.

Segundo os promotores do caso, a introdução de agrotĂłxicos contendo atrazina como princĂ­pio ativo no mercado brasileiro representa uma ameaça nĂŁo sĂł ao ambiente de trabalho e ao ambiente natural, mas tambĂ©m Ă  saĂșde de muitos trabalhadores e povos indĂ­genas e Ă  segurança, especialmente nas ĂĄreas rurais, atravĂ©s da contaminação do solo e das fontes de ĂĄgua que abastecem as comunidades.

Eles alertam que as recomendaçÔes dos fabricantes e do governo sobre o uso seguro esperado são inadequadas, primeiro, porque a atrazina pode causar doenças mesmo em doses muito baixas, os limites de segurança declarados não são eficazes na proteção dos trabalhadores.

AlĂ©m disso, as atividades de monitoramento e controle sĂŁo inviĂĄveis ​​devido ao tamanho da ĂĄrea e ao elevado analfabetismo funcional dos trabalhadores rurais. Ressaltam tambĂ©m que os requisitos climĂĄticos para o esperado uso seguro da atrazina sĂŁo improvĂĄveis ​​em ĂĄreas rurais do Brasil que nĂŁo atendam aos parĂąmetros do fabricante: temperatura ambiente mĂĄxima de 27 °C; umidade mĂ­nima 55%; e uma velocidade mĂĄxima do vento de 10 km/h. A conclusĂŁo da promotoria Ă© que “nĂŁo Ă© possĂ­vel falar ao nĂ­vel seguro de uso de atrazina no Brasil”. Aumento alarmante de novas aprovaçÔes de pesticidas.

Os promotores expressaram preocupação com o aumento de novas licenças de pesticidas no Brasil. No julgamento, que serĂĄ decidido pela Justiça do Trabalho do Brasil, o MPT busca o cancelamento do registro do ingrediente atrazina no Brasil. O processo n.Âș 0001126-60.2023.5.10.0007 tramita na 7ÂȘ Vara do Trabalho do Brasil – DF.

Fonte: MPT


3. Rio de Janeiro registra temperaturas e sensação térmica de 55,8°C


No Rio de Janeiro, a temperatura em Guaratiba, na zona oeste, chegou a 55,8 °C Ă s 12h . A temperatura mĂĄxima foi medida em IrajĂĄ em 0,6 °C, a mais alta do mĂȘs atĂ© o momento. A estação Guaratiba nĂŁo foi a Ășnica que registrou temperaturas acima de 50 °C. Às 13h30, a temperatura subiu para 52,8 °C no jardim botĂąnico. A menor das maiores temperaturas foi registrada no Alto da Boa Vista.

Fonte: O Globo


4. AmazÎnia sofre com devastação extrema e alteraçÔes climåticas


Dominados por um ciclo ininterrupto de flora e fauna, os biomas do Brasil abrigam a maior biodiversidade do mundo, tornando o Brasil um celeiro ecológico incomparåvel. Cerca de 126,3 mil espécies de animais e 52,1 mil espécies de plantas registradas vivem na AmazÎnia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlùntica, Pampa e Pantanal, bem como no ecossistema marinho de 7. 91 km de extensão do país.


Esta biodiversidade Ășnica, que pode ser muito maior devido ao desconhecimento, Ă© constantemente ameaçada pelos repetidos desafios da destruição humana – desmatamento, incĂȘndios, poluição de rios e nascentes, caça ilegal, espĂ©cies exĂłticas invasoras, atividades econĂŽmicas predatĂłrias. e condiçÔes climĂĄticas adversas alarmantes. A riqueza destes ecossistemas, as ameaças imediatas que enfrentam e as propostas legislativas que os atravessam sĂŁo o tema da sĂ©rie “Biomas”, que a AgĂȘncia Senado lança nesta edição. O primeiro relatĂłrio analisa o maior, menos estudado e mais controverso ecossistema do mundo: a AmazĂŽnia. A maior floresta tropical do planeta enfrenta atualmente uma grave seca, que deverĂĄ ser a pior da histĂłria. A seca acompanhada de altas temperaturas jĂĄ causou a morte de animais — um recorde recente foi o desaparecimento de mais de uma centena de botos cor-de-rosa e tucuks no Lago TefĂ©, na AmazĂŽnia, onde a temperatura da ĂĄgua chegou a 0 ÂșC – e o isolamento de comunidades representa agora uma ameaça real de incĂȘndios florestais de proporçÔes catastrĂłficas, como os recentemente observados nos paĂ­ses do hemisfĂ©rio norte.


Fonte: Senado


5. PiauĂ­ jĂĄ registra mais de mil incĂȘndios em outubro


Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o PiauĂ­ jĂĄ registrou 1.285 focos de incĂȘndio em outubro. O estado Ă© o terceiro do paĂ­s, primeiro do Nordeste. Entre os estados, o PiauĂ­ tem o terceiro maior nĂșmero de focos de incĂȘndio em outubro. O ParĂĄ estĂĄ em primeiro lugar com 1.959 focos de incĂȘndio, seguido pelo Amazonas com 1. 71 focos de incĂȘndio, alĂ©m de causar danos ao meio ambiente e Ă  saĂșde pĂșblica, os incĂȘndios sĂŁo classificados como crime ambiental que pode ser multado se causado intencionalmente. Entre os efeitos ambientais, os incĂȘndios causam degradação do solo e poluição do ar. Na saĂșde humana causam principalmente doenças respiratĂłrias, contribuindo para o aumento dos fluxos mĂ©dicos nos serviços de saĂșde.


6. Mineradora destrĂłi patrimĂŽnio ambiental em Belo Horizonte


O empresårio alagoano Alan Cavalcante do Nascimento é dono de um conglomerado de 38 empresas, entre mineração, construção e imobiliåria, a maioria localizada em Minas Gerais, e muitos sócios.

Na indĂșstria de mineração, o projeto Cavalcante tem um impacto gigantesco. Possui quatro jazidas, totalizando,5 mil hectares, na Serra do Curral, cartĂŁo postal de Belo Horizonte, que se estende por 55 kmÂČ e sempre foi alvo de cobiça das mineradoras. Nos Ășltimos cinco anos, Cavalcante foi punido dezoito vezes e multado em um total de 2,6 milhĂ”es de reais por coletar ĂĄgua do rio sem autorização e caçar pelo menos 67 hectares na Serra do Curral. Fonte: PiauĂ­


7. Fumaça que encobre Manaus é causada por agropecuaristas, diz Ibama.


A fumaça que encobriu Manaus vem da regiĂŁo metropolitana da capital sendo causada por agricultores, afirma o Ibama. O Amazonas declarou crise ambiental em setembro – outubro devido aos incĂȘndios que assolam o estado, que jĂĄ somam mais de 9 mil. Nesta quarta-feira, a fumaça do incĂȘndio foi tanta que cobriu toda, manaus, colocando a capital em segundo lugar entre as cidades com pior qualidade do ar do Brasil. Fonte: O globo


8. AgĂȘncia Nacional de Águas declara situação crĂ­tica de escassez quantitativa dos recursos hĂ­dricos no rio Madeira (RO/AM)


Durante a 26ÂȘ ReuniĂŁo Deliberativa ExtraordinĂĄria da Diretoria Colegiada da AgĂȘncia Nacional de Águas e Saneamento BĂĄsico (ANA), na data de 9 de outubro, foi aprovada por unanimidade a Declaração de Situação CrĂ­tica de Escassez Quantitativa dos Recursos HĂ­dricos no Rio Madeira atĂ© 30 de novembro.

Essa declaração foi uma das medidas indicadas no Plano de ContingĂȘncia da ANA, aprovado pela Diretoria Colegiada em 27 de junho, para prevenir os efeitos do fenĂŽmeno climĂĄtico El Niño sobre os recursos hĂ­dricos do Brasil e mitigar seus impactos aos usos mĂșltiplos da ĂĄgua.

Com a Declaração de Situação CrĂ­tica de Escassez Quantitativa dos Recursos HĂ­dricos no Rio Madeira, publicada por meio da Resolução ANA nÂș 16 /2023, publicada no DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo de 10 de outubro, a medida visa a intensificar os processos de monitoramento hidrolĂłgico do Madeira, identificando impactos sobre usos da ĂĄgua e propondo eventuais medidas de prevenção e mitigação desses impactos em articulação com diversos setores usuĂĄrios de ĂĄgua.

Fonte: ANA


9. Títulos verdes: Governo lança forma de financiamento inédito visando aumentar proteção ambiental

O governo brasileiro introduziu na segunda-feira do dia 18 de outubro, uma forma inédita de financiamento para a proteção ambiental. Os ministros Fernando Haddad e Marina Silva, além dos presidentes da Cùmara dos Deputados e do Senado, participaram do evento na Bolsa de Valores de Nova York. Pela primeira vez, o governo brasileiro planeja oferecer títulos estrangeiros com padrÔes sustentåveis, os chamados títulos verdes, aos mercados financeiros internacionais.

Fonte: O Globo


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