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DE OLHO NA COP28: O QUE É A COP E POLÊMICAS PRÉVIAS

Começa amanhã a vigésima oitava Conferência das Partes, ou COP 28. O encontro ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), e se encerrará no dia doze de dezembro.


Antes mesmo de começar, essa edição da COP já tem atraído muita atenção, e nós, da equipe Ruptura, estaremos, ao longo dos próximos dias, acompanhando os principais destaques da conferência através do quadro "De Olho na COP28".


A Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu a COP como órgão mais relevante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. É na COP que os países signatários da convenção ou “Partes” debatem a situação global no que tange a emergência climática, bem como tratam de mecanismos e propostas para efetividade do acordado na Convenção.


Dentre os vários temas que podem ser decididos na COP, a edição 28 chamou atenção para os, já polêmicos, assuntos do financiamento climático e das perdas e danos (sobretudo em função do grande número de eventos climáticos extremos vividos recentemente) e, também, para o complexo tema da transição energética.


No contexto deste último, muitas foram as críticas acerca do país sede (Emirados Árabes Unidos) por ser um Estado de perfil ligado à economia de combustíveis fósseis. Recentemente, estouraram nos veículos de comunicação documentos vazados que revelaram planos dos EAU de discutir acordos comerciais relacionados aos combustíveis fósseis com diversas nações (Brasil incluído) dentro do contexto das reuniões da COP. Os Emirados Árabes negam essa intenção.


Antes da comitiva brasileira seguir para Dubai, o Ministério do Meio-Ambiente publicou ações de combate aos assustadores números de devastação do Cerrado brasileiro revelados recentemente. Como apontado pelo Ministério, a maior parte da perda de mata nativa ocorre em propriedades privadas e em uma dinâmica apoiada pelo próprio Código Florestal.


Essa informação é de extrema importância no contexto desta COP, isso porque grande parte das discussões focam-se na redução das emissões de gases de efeito estufa como meio de controle do aquecimento global.


Ocorre que a relação entre a emissão desses gases e o desmatamento é imensa, visto que a perda dos biomas nativos implica em uma considerável redução da capacidade de reabsorção natural de gases de efeito estufa, o que em última instância tem se provado um obstáculo para tratar de forma efetiva da redução do aquecimento global, sobretudo para o Brasil, em uma COP que, apesar de prometer avanços no controle dos gases de efeito estufa, se inicia marcada por desconfianças acerca do Estado anfitrião e muita expectativa de mudanças e resultados.




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